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Um pouco sobre mim, Clara e Marina

8/05/2020 | Educação Emocional

ser mãe um pouco sobre mim, clara e marina

Eu nunca fui aquela pessoa que sempre quis ser mãe, que o sonho de vida era ser mãe. Mas também nunca cogitei não ser. Para mim, seria um caminho natural na MINHA vida.

Quando fui tia aos 16 anos, ficava horas com minha sobrinha Bianca no colo e comecei a sentir vontade daquilo. Foi a primeira vez que lembro ter tido um desejo genuíno pela maternidade. Um outro momento que deparei com esta questão foi quando meu enteado Yago, na época uma criança, veio morar conosco. Nesta experiência fiz meus primeiros ensaios. Certamente dei algumas bolas dentro e tantas outras bolas fora. Mas, dentro de mim tinha uma intenção verdadeira em cuidar e fazer o melhor. Sabia que o meu lugar não era o de mãe, mas também cabia a mim fazer algumas coisas que mãe faz.

Enfim, meu momento de ser mãe foi chegando aos poucos, se construindo aqui e ali, até que eu senti dentro de mim que era hora (Aqui vou fazer um desvio. Para muitas mulheres, a coisa não é desse jeito, é e supetão, é sem desejo e também está tudo bem. Eu tô contando aqui a MINHA experiência, como foi para MIM!!).

Lembro até hoje uma cena da novela O Clone onde a Jade girava entre véus com a filha no colo e então deu aquela super passagem do tempo dentro da novela. Naquela cena eu lembro como se fosse hoje que pensei “eu quero tanto ser mãe, por que não já?”.

Meu esposo e eu tomamos essa decisão e hoje sou mãe da Clara, com 16 anos, e da Marina com 8 anos. Adoro e procuro, mesmo com as angústias geradas, aproveitar a escolha que fiz pra minha vida.

Procuro curtir com elas o que é próprio de cada fase: com a Clara, sou mãetorista, ouvinte dos dilemas amorosos, trocamos receitas de máscara para hidratação do cabelo e temos várias conversas mais cabeça, sobre escolhas profissionais e outras cositas mas. Ah...também sou vítima da montanha russa do humor....kkkk. É muito bacana porque eu me reconecto com uma Gabriela esquecida, que um dia já foi adolescente. Reli meus diários.....e isso me dá mais condições de me conectar com minha filha, porque consigo lembrar o que é ser adolescente. Agora, há horas que o bicho pega por aqui também!!

Já com a Marina a fase é outra. É Chiquititas na tv, é escutar o playlist do Now United, ouvir “mãe” umas duzentas vezes ao dia, lidar com os dilemas infantis, com o medo noturno; responder questionamentos desconcertantes e brilhantes, acompanhar tarefa de casa, ensinar a lavar o cabelo direito, fazer maquete, desafio das cores, desafio da farinha na cara...mentira! Este eu não fiz. Não consegui ser criança o suficiente.

 A toda hora sou impelida a refletir sobre como uma criança se sente, como eu me sentia quando criança de um jeito que eu posso me conectar com a Marina.

Ou seja gente, tô vivendo a fase adulta, adolescência e infância. É muita oportunidade de autodesenvolvimento.

Com Clara e Marina descobri que é verdade o que eu já sabia em teoria. Não somos a mesma mãe para todos os filhos....e tudo certo. Eu fui ter minha segunda filha após 8 anos (não queria um intervalo tão grande, mas foi assim que as coisas se encaminharam na minha vida). Mais velha e mais experiente, vou tirar de letra, pensei. E nos afazeres práticos realmente foi tudo mais fácil e tranquilo, sofri menos.

Acontece que “quando você pensa que sabe todas as respostas, vem a vida e muda todas as perguntas”. O segundo filho é outra pessoa, tem o próprio jeito, temperamento, outra energia. O que funciona com uma não funciona com outra. E aí a gente precisa, como dizem por aí, se reinventar como mãe.

Ser mãe é uma escolha, uma decisão, não um destino. Então eu sigo desfrutando da minha decisão, com as felicidades e angústias que ela me gera.

Eu sigo aprendendo, dando bola fora, bola dentro, conhecendo cada dia um pouco mais as minhas filhas.

Mas, sem dúvida, sigo descobrindo cada vez mais de mim!


Este post tem 2 comentários.

2 respostas para “Um pouco sobre mim, Clara e Marina”

  1. Elaine Zanato disse:

    Parabéns! Muito rico de emoções seu texto. Cada filho é único e bem diferente e só conseguimos ter noção desse turbilhão de sentimentos quando temos eles em nossos braços. Conforme eles crescem tudo cresce junto rsrses…ser mãe é muito bom. Guarde um poucão de emoções pra vida de adulto delas. Feluz e Abençoado Dia das MÃES pra vc

  2. Thais disse:

    Nossa, viajei no texto, e nas minhas experiências aqui! Com uma filha de 8 anos, e o dilema, de se não é tarde de mais, para ter mais um na cabeça, o texto emocionou e trouxe reflexão.
    Parabéns pelo texto!

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